Impactos de uma má nutrição para as crianças

O cuidado com uma alimentação equilibrada e saudável é importante para qualquer fase na vida das pessoas, mas é de extrema importância, principalmente, no processo de crescimento das crianças, ajudando e auxiliando no seu desenvolvimento.

Dessa forma, é fundamental conhecer os impactos negativos que uma má alimentação, pobre em nutrientes, pode causar na vida dos pequenos.

Fortalecer o sistema imunológico das crianças e desenvolver seu paladar são as consequências de uma introdução alimentar adequada. Mas quais seriam os resultados de uma má alimentação? Siga a leitura e descubra!

O que é uma má alimentação?

Uma má alimentação é aquela que possui algum tipo de desequilíbrio que oscila entre a falta de bons nutrientes no organismo e pelo consumo em excesso das chamadas gorduras ruins, sódio e açúcares. 

A falta de uma boa alimentação pode acarretar a deficiência de vitaminas, que são essenciais para o desenvolvimento humano ao longo da vida, e influenciar problemas crônicos, tais como a obesidade e as doenças cardiovasculares.

Os nutrientes obtidos através da alimentação, como proteínas, vitaminas e minerais, por exemplo, fazem parte de uma cadeia de reações que ocorrem no organismo humano. Enquanto alguns nutrientes cuidam da manutenção e formação dos neurônios, outros são importantíssimos na formação das células vermelhas, que são responsáveis por levar o oxigênio a todas as células do corpo.

Através de uma alimentação equilibrada e saudável é que se torna possível manter as capacidades mentais e fisiológicas dos indivíduos em perfeito funcionamento. No caso das crianças, essa relação é ainda mais vital, pois os pequenos estão em fase de evolução e precisam dos nutrientes certos para se desenvolverem adequadamente.

Dessa forma, é fácil compreender que uma alimentação pobre impacta diretamente os sistemas importantes do organismo, levando a diversos problemas como: um cansaço mais frequente que impede a criança de brincar, a falta de motivação, e dificuldades de concentração e de manutenção do foco na hora de aprender ou estudar, devido a lentidão de raciocínio.

Principais consequências de uma má nutrição na infância

A má alimentação pode provocar doenças que dificultam o desenvolvimento físico e mental dos pequenos, além de doenças que podem impactar a vida adulta. 

Confira mais sobre as principais doenças que a alimentação errada pode causar nas crianças: 

  • Riscos a obesidade infantil

Devido ao consumo inconsequente de gorduras, açúcares e alimentos ultraprocessados para as crianças, há um sério risco de propensão à obesidade infantil. O que pode acarretar inúmeras outras doenças, como hipertensão, colesterol alto e grandes marcas na autoestima da criança ao longo da sua vida. Por isso, é necessário que se tenha um cuidado a mais com os tipos de alimentos que serão introduzidos no cardápio infantil.

  • Fraqueza muscular

Se não há uma preocupação com a nutrição adequada das crianças, é esperado que seu desenvolvimento cognitivo, motor e muscular aconteça de maneira lenta e prejudicada.

A escolha de alimentos ricos em nutrientes e proteínas ajudam na formação e fortalecimento dos músculos da criança e por isso é tão necessário buscar um cardápio saudável para a rotina infantil.

  • Diabetes

Na infância, quando há um nível elevado de glicose no sangue, o pâncreas, por algum motivo, não consegue produzir insulina suficiente.

Razão pela qual não é indicada para as crianças, na introdução alimentar, o açúcar, mas sim alimentos ricos em nutrientes, como arroz, leguminosas, frutas e outras variedades de alimentos nutritivos.

  • Comprometimento do desenvolvimento cognitivo

Se a dieta da criança é pobre e limitada dos principais elementos na qual ela necessita para crescer e se desenvolver de forma saudável, obviamente seu desenvolvimento cognitivo ficará comprometido, afetando de maneira significativa e até mesmo permanente. A má nutrição afetará não só problemas na velocidade do aprendizado, mas também no desenvolvimento físico.

  • Anemia

A falta de ferro na alimentação causa alta incidência de anemia em crianças. Presente, principalmente, em alimentos como carnes, integrais, feijão e vegetais verde escuros, como salsa, espinafre e rúcula, o ferro é um mineral com função essencial no organismo, pois cabe a ele auxiliar na formação de células sanguíneas e na produção de hemoglobina, substância responsável por transportar o oxigênio no sangue.

Sem a ingestão de alimentos ricos em ferro o corpo não conseguirá produzir hemácias o suficiente e, com isso, os tecidos e órgãos não obterão o oxigênio de que necessitam.

A quantidade de ferro que a criança precisa  varia de acordo com a idade. Confira:

Bebês de 4 a 6 meses de idade

O leite materno é rico em ferro e auxilia no crescimento saudável do bebê. Para isso, é necessário que a mãe se alimente corretamente com o intuito de fortalecer o leite com os nutrientes necessários. 

Bebês de 7 à 12 meses de idade

Nessa fase, a quantidade de ferro necessária na dieta é de 11 miligramas por dia. O leite materno ainda é muito importante nesse momento, além da introdução alimentar adequada rica em nutrientes. 

Crianças entre 4 à 8 anos

Cerca de 10 miligramas de ferro por dia.

Crianças entre 9 à 13 anos

 Cerca de 8 miligramas de ferro por dia.

  • Colesterol alto 

Entre os fatores que mais contribuem para o aumento dos níveis de colesterol na infância estão o sedentarismo e a alimentação inadequada. Em relação à alimentação, o consumo de alimentos ricos em gordura, açúcar e carboidrato contribuem para o aumento dos níveis de colesterol em crianças. 

O consumo de alimentos ultraprocessados e industrializados podem ser práticos, mas contém ingredientes que não conversam tão bem com o nosso corpo. São cheios de aditivos químicos, como o açúcar refinado e a gordura trans, e pobres em gorduras boas e nutrientes, por isso fica o alerta para que vocês, papais e mamães, deem preferência por oferecer aos pequenos refeições completas, naturais e nutritivas, deixando a ingestão de alimentos pouco saudáveis, como salgadinhos, refrigerantes e biscoitos recheados para momentos específicos, não se tornando uma rotina. 

  • Hipertensão

As crianças também podem ser afetadas por este mal, e por ter causa multifatorial vários fatores devem ser levados em consideração. Além da hereditariedade como principal fator para o desenvolvimento da doença, podemos destacar a obesidade, que eleva em oito vezes as chances de desenvolver a condição. 

  • Insônia 

Dificuldade para adormecer, sono agitado ou muito curto são problemas que podem estar ligados à alimentação. Por isso, se a ingestão de alimentos for em excesso antes de dormir, a criança pode sentir desconfortos e acordar. Além disso, o consumo de carboidratos à noite prejudica a absorção dos nutrientes e favorece o acúmulo de gordura. 

Dê preferência a alimentos leves, de fácil digestão e sem açúcar, para evitar a agitação durante o sono. Se atente à quantidade dos alimentos e ofereça pequenas porções para que a criança não fique com o estômago pesado antes de dormir.

  • Dores musculares

A carência de selênio pode acarretar uma série de disfunções no organismo, como as mialgias (dores musculares), e, em casos mais graves, doenças cardíacas. 

Inclua no cardápio dos pequenos os alimentos ricos em proteínas de alto valor biológico, como carnes, ovos, leite, cereais e oleaginosas.

Como reverter a situação?

A educação alimentar deve ser implementada desde os primeiros dias de vida da criança. Quanto mais cedo for feita, mais benéfico será para formar os bons hábitos alimentares.

Então, se a alimentação da sua família não anda tão saudável, é essencial que vocês, papais e mamães, revejam, primeiramente, os seus hábitos alimentares. 

Que tal reestruturar e criar um planejamento alimentar para que todos sigam? Repense o cardápio semanal e inclua alimentos saudáveis que não tinham o costume de comer e incentive que seu filho experimente. 

Além disso, diminua o consumo de alimentos com sódio, açúcar e corantes. É muito importante o papel dos pais e responsáveis para estimular que seus filhos realizem boas refeições e adotem bons hábitos de vida.

Seja um bom exemplo para seus filhos!

Porém, vale lembrar ainda que, aliada a uma alimentação saudável, é essencial a prática regular de atividades físicas. Então, faça com que os pequenos brinquem ao ar livre ou pratiquem algum esporte que gostem, além disso, a ingestão adequada de água é extremamente importante para evitar a desidratação e manter o corpo em pleno funcionamento. 

Benefícios de uma alimentação saudável 

Uma alimentação saudável e equilibrada, rica em vitaminas e minerais, acompanhada da prática de atividade física regular, pode trazer diversos benefícios para a saúde dos pequenos, por exemplo: 

  • Garante mais energia: dá disposição para realizar a rotina do dia a dia, como ir à escola, fazer as atividades e brincar.
  • Previne doenças: fortalece o sistema imunológico, ajudando a prevenir e combater infecções de forma mais eficaz.
  • Promove o crescimento e renovação dos tecidos: tendo papel essencial, principalmente, no desenvolvimento das crianças, já que fortalece ossos, pele e músculos.
  • Melhora a concentração e qualidade do sono: favorece o bom funcionamento da memória e de todo o sistema nervoso e, como alguns alimentos aumentam a produção de melatonina, também influencia diretamente na qualidade do sono.

Dicas para estimular o seu filho a ter uma alimentação saudável

É comum que as crianças passem por uma fase em que não querem comer nada, e prefiram o consumo de comidas pouco saudáveis. Por isso, é essencial que pais e responsáveis estimulem seu filho a comer bem na primeira infância para que os bons hábitos sejam adquiridos desde cedo e sigam por todas as etapas de crescimento. 

Quer saber como estimular seu filho a comer bem desde a primeira infância? Confira nossas dicas abaixo! 

Dê o exemplo 

Muitos pais querem que seus filhos comam mais salada e vegetais, sendo que nem eles consomem tais alimentos. Os filhos irão se inspirar no que os pais fazem. Dessa forma, é importante que toda a família tenha bons hábitos alimentares, assim, a criança irá repetir o comportamento de todos. 

Prepare pratos divertidos e atrativos

Crianças comem primeiro com os olhos. Uma maneira bacana de estimular os pequenos a comerem melhor é apostar em pratos divertidos e coloridos, preparados com ingredientes que eles gostam. Que tal cortar os vegetais em formatos de bichinhos e fazer desenhos nos sanduíches? Aproveite para criar receitas lúdicas e misturar alimentos de cores e texturas variadas.

Cozinhe com seus filhos

Chame os pequenos para auxiliarem nas tarefas mais simples: como lavar uma alface, por exemplo. Isso os incentiva a experimentar aquilo que cozinharam, estimulando o paladar para os alimentos corretos.

Crie o hábito de comer sempre à mesa

A hora da refeição é um momento especial em família. E é neste momento que a criança pode interagir e ser incentivada a experimentar novos alimentos. Além disso, comer na mesa é importante para que a criança entenda que a refeição deve ser feita com calma, com total atenção à mastigação

Não obrigue seu filho a comer

Não force a criança a comer determinado alimento que não queira, pois isso fará com que ela tenha uma experiência negativa com a comida e passe a rejeitá-la sem nem ter experimentado direito.

É importante incentivar a criança a comer alimentos novos, porém sem forçá-la. Caso a criança não goste de determinado alimento, tente prepará-lo de uma outra maneira numa próxima refeição, a repetição da oferta aumenta a chance de ela aceitar o alimento.

Não ofereça recompensas pela comida

Ao oferecer, por exemplo, doces para que a criança coma certos alimentos que ela não gosta muito, pode dar a sensação de que os doces são melhores do que a comida em si, o que não ajuda em nada no processo de criar bons hábitos alimentares.

Ao invés disso, motive seu filho a experimentar novos sabores. Prepare-os de forma divertida e ofereça sobremesas mais saudáveis com frutas, por exemplo, diminuindo o consumo de açúcar em excesso.   

Aproveite este outro conteúdo para continuar a leitura

Conclusão

Deu para perceber que a qualidade na alimentação infantil é essencial para o seu pleno desenvolvimento e, portanto, é necessário que os pais comecem desde cedo a influenciar bons hábitos alimentares e a investir em uma maior variedade de alimentos no cardápio infantil.

Só assim será possível evitar os prejuízos de uma má nutrição e conseguir com que a criança cresça e se desenvolva de maneira saudável e sem maiores complicações.

Gostou do que leu? Continue complementando seus conhecimentos e leia também Benefícios de uma alimentação saudável desde a infância.

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